Trabalho da Faculdade São Leopoldo Mandic é publicado no The Communication Initiative Network
Identificar a percepção sobre a importância da vacinação e a recusa vacinal entre alunos e médicos foi o tema do trabalho da Instituição, coordenado pela Dra. Regina Succi
Estudantes de medicina e médicos não são vacinados adequadamente e têm dúvidas sobre o calendário de vacinação, a segurança das vacinas e a recusa vacinal. Melhorar o conhecimento desses profissionais é uma estratégia importante para manter a adequada cobertura vacinal e poder abordar a recusa das vacinas de forma ética. Esta foi a conclusão do estudo realizado pela aluna do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, Amanda Hayashida Mizuta, com os professores Doutores Guilherme de Menezes Succi, Victor Angelo Martins Montali e Regina Célia de Menezes Succi, publicado recentemente na Revista Paulista de Pediatria e apresentado no The Communication Initiative Network. Este projeto recebeu bolsa do CREMESP para alunos de Medicina na área de ética médica.
Os médicos, principalmente os Pediatras, desempenham um papel fundamental na manutenção da credibilidade das vacinas. Por meio de um questionário aplicado em 2016, a 53 estudantes e 39 médicos de várias especialidades, o estudo mostrou que ambos os grupos consideraram o Programa Nacional de Imunização confiável e reconheceram a importância das vacinas, mas 64,2% dos estudantes e 38,5% dos médicos desconhecem as doenças infecciosas evitáveis pelas vacinas do calendário no esquema básico de vacinação. A maioria dos entrevistados tinha caderneta de vacina pessoal, mas nem todos haviam recebido a vacina contra influenza de 2015. Ambos os grupos conheciam pessoas que recusaram vacinas para si ou para seus filhos (respectivamente, 54,7 e 43,3% dos estudantes e 59,0 e 41,0% dos médicos). As causas apontadas para a recusa vacinal foram: medo de eventos adversos, razões filosóficas e religiosas e falta de conhecimento sobre a gravidade e frequência das doenças.
Recusa em tomar vacinas pode trazer de volta doenças erradicadas
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Situação coloca população em risco de conviver com doenças já controladas, ou mesmo eliminadas, no Brasil, como sarampo, rubéola, difteria, entre outras
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Imunizações evitam entre dois e três milhões de mortes a cada ano no mundo, segundo Organização Mundial de Saúde
A importância das vacinas na proteção individual e coletiva contra doenças infecciosas é inquestionável. Os benefícios das ações de imunizações são claros: seu potencial de redução da mortalidade entre crianças, adolescentes e adultos, melhoria das condições de saúde e bem-estar das comunidades. No entanto, desde que as vacinas foram introduzidas, há mais de dois séculos, ainda há grupos que apresentam dúvidas sobre a eficácia e a necessidade delas.
Esta é uma situação alarmante que coloca a população em risco e traz de volta doenças já controladas, ou mesmo eliminadas. No Brasil, por exemplo, doenças como sarampo, rubéola e difteria podem voltar a aparecer.
De acordo com a Dra. Regina Célia Succi, professora da Faculdade São Leopoldo Mandic, em 2016, o País registrou o primeiro surto de sarampo desde 2000. Nesse mesmo ano, a taxa de imunização contra poliomielite foi a menor desde 2004 (84,4%). “Não há dados suficientes para definir se essa queda na cobertura vacinal persistirá, mas há preocupações a respeito”, comenta a infectologista. “A imunização é o investimento em saúde com melhor custo-efetividade e a Organização Mundial de Saúde estima que as imunizações evitem entre dois e três milhões de mortes a cada ano no mundo”, conta a Dra. Succi.
Apesar dos benefícios serem indiscutíveis, eles só podem ser obtidos com elevado custo financeiro e o empenho de uma grande estrutura dos programas públicos de vacinas e autoridades sanitárias, além da atuação individual dos profissionais de saúde. “O Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil é competente e reconhecido, e tem obtido coberturas vacinais superiores a 90% para quase todos os imunobiológicos distribuídos na rede pública nas últimas décadas”, informa a médica.
Alguns motivos para que a recusa vacinal aconteça:
Atenção às fake news
Os pais e cuidadores querem oferecer o melhor para seus filhos. Em busca desse “melhor”, eles podem encontrar informações e apoio em amigos e mídias sociais resultando em controvérsias e dúvidas sobre a segurança e a eficácia das vacinas, sua real necessidade e até mesmo divulgação de mitos e informações equivocadas.
Contexto familiar ou religioso
Experiências pessoais com serviços de saúde e vacinas, bem como questões filosóficas, sociais e religiosas, podem ter uma importância significativa na tomada de decisões sobre a saúde.
A importância do Pediatra
A abordagem dessas questões de maneira ética e segura exige o conhecimento do problema. É necessário que os pediatras entendam que desempenham um papel fundamental na decisão dos pais em relação a cada ato relacionado à assistência de seus filhos. Para que esse papel seja desempenhado em sua maior parte, resultando em benefícios para a criança, é importante que o pediatra esteja equipado com habilidades técnicas de conhecimento e comunicação, aproveitando todas as oportunidades para esclarecer os pais sobre o assunto, assegurando que o profissional de saúde tenha confiança.
Sobre a São Leopoldo Mandic
Considerada pelo MEC uma das dez melhores instituições de ensino superior do País há 10 anos consecutivos no Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a Faculdade São Leopoldo Mandic reúne, no corpo docente, professores doutores formados pelas melhores instituições de ensino do Brasil e do Exterior. Estruturada com laboratórios de última geração e clínicas odontológicas completas, a Instituição oferece aos alunos vivência prática nos cursos de Odontologia e de Medicina desde o 1º ano, atividades de pesquisa e prestação de serviços comunitários, convênio com hospitais e Unidades Básicas de Saúde, cursos de graduação e pós-graduação. A Faculdade São Leopoldo Mandic tem outras oito Unidades distribuídas pelo País, que oferecem cursos de pós-graduação e uma filial em Araras (SP), que oferece o curso de graduação em Medicina.
Canais:
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