Vacina: confiança e hesitação no Brasil

 Autores: Brown AL, Sperandio M, Turssi CP, Leite RMA, Berton VF, Succi RM, Larson H, Napimoga MH

Objetivo: Apesar dos benefícios gerais da imunização, a hesitação vacinal tem sido uma tendência crescente e tem sido associada ao ressurgimento de doenças evitáveis ​​por vacinação. O objetivo deste estudo foi avaliar a confiança e hesitação das vacinas no Brasil, como parte de um projeto mais amplo para mapear a confiança das vacinas globalmente. Foram entrevistados mil sujeitos, on-line ou presenciais, com base em um questionário geral sobre percepções de vacinas e vacinação. Outras perguntas exploratórias foram usadas com o subconjunto de entrevistados que eram pais de crianças com menos de 5 anos. Essas perguntas extraíam informações sobre o comportamento de vacinação, opiniões sobre vacinação e serviços de saúde do governo e vacinação hesitante. Razões para hesitação foram classificadas como relativas à confiança, conveniência e / ou complacência, e a população também foi analisada sociodemograficamente. Os resultados mostraram que a confiança geral na imunização foi maior do que a confiança nos serviços de planejamento familiar, agentes comunitários de saúde e serviços de emergência. Setenta e seis pessoas relataram hesitação em vacinar. Os motivos mais comuns de hesitação foram problemas com confiança (41,4%), eficácia / segurança da vacina (25,5%) e preocupações com eventos adversos (23,6%). A análise sociodemográfica revelou que a hesitação vacinal estava associada ao estado civil, escolaridade e renda. Apesar da confiança geral da vacina ser alta, uma tendência clara para níveis mais baixos de confiança foi associada a níveis mais altos de hesitação, o que garante monitoramento contínuo, devido à natureza dinâmica e mutável da hesitação da vacina.

Publicado no periódico: Cadernos de Saúde Pública

Acesse o site PubMed: Clique aqui