Estudo analisa relação entre DTM e bruxismo do sono (BS)
Pesquisa da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, teve como objetivo avaliar a frequência de disfunção temporomandibular em indivíduos com bruxismo do sono, diagnosticados por meio da polissonografia. A partir da avaliação realizada com 40 indivíduos concluiu-se que a frequência de DTM em indivíduos diagnosticados com BS foi quase à metade da amostra (46,4%), que a maioria dos indivíduos que apresentaram DTM e BS, ocorreu predominância da faixa etária entre 31 a 40 anos (40%) e do gênero masculino (36,4%); e que não houve associação entre a presença de DTM e BS.
A triagem destes pacientes para a realização do estudo, se deu através de um convite feito na Clínica Artmedica – local procurado para a realização do exame de polissonografia. Em seguida os pacientes responderam a um questionário da Academia Europeia de Desordens Craniomandibulares (AEDC), comumente usados para avaliar a os sintomas de DTM em pacientes com diferentes perfis clínicos.
Os que responderam afirmativamente a pelo menos uma ou mais questões do questionário foram encaminhadas para atendimento na Clínica Odontológica aluna do Mestrado em Odontologia da SLMANDIC – área de concentração DTM/DOF – Unidade Fortaleza e pesquisadora principal, Andrea Paula Freire de Medeiros Sinclair, para serem submetidos ao exame clinico. Atendendo aos critérios estabelecidos pelo Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (DC/TMD) e partir dos achados polissonográficos e os resultados do questionário estes foram divididos em 4 grupos de acordo com os a) indivíduos com bruxismo do sono e sintomas DTM (totalizando 13 pacientes); b) indivíduos com bruxismo do sono sem sintoma DTM (4); C: Indivíduos sem bruxismo do sono com sintomas DTM (totalizando 15); d) indivíduos sem bruxismo do sono sem sintomas DTM (totalizando 8). Dos 40 indivíduos que responderam ao questionário da AEDC e realizaram a polissonografia, 28 apresentaram sintomas de DTM e foram submetidos ao DC/TMD (sigla em inglês para Critério de Diagnóstico para Pesquisa em Disfunção Temporomandibular).
Dentre as dificuldades encontradas na realização desse estudo, segundo Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães, coordenador da pesquisa e professor da SLMANDIC, pode-se citar a de fazer com que os indivíduos fossem ao consultório Odontológico para aplicação do DC/TMD, bem como a comparação a acerca da relação entre a DTM e o BS diante dos diferentes métodos de diagnósticos usados para diagnóstico do BS. “É importante ressaltar que anamnese bem realizada, detalhando o histórico médico e odontológico, juntamente com realização de exames validados como a polissonografia, no diagnóstico de bruxismo do sono, mesmo compreendendo que é um exame de alto custo para os padrões brasileiros, fornece subsídios concretos na conduta de controle da disfunção temporomandibular” destacou. Por fim o professor concluiu que se faz necessária a realização de novos trabalhos com um número maior de participantes seja realizada para que se tenha uma amostra mais significativa.
O que é DTM?
A Disfunção Temporomandibular (DTM) é um termo coletivo que define um subgrupo de distúrbios orofaciais dolorosos, envolvendo queixas de dor na região da Articulação temporomandibular (ATM), fadiga dos músculos crânio-cervicais faciais (especialmente músculos da mastigação), limitação da movimentação da mandíbula e a presença de cliques articulares. O bruxismo do sono (BS) consiste em atividade muscular episódica e repetitiva involuntária da mandíbula, caracterizada por ranger ocasionalmente os dentes ou apertar a mandíbula durante o sono.
O que é bruxismo do sono?
Se caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante o sono de origem ainda desconhecida. Essa hiperatividade muscular pode provocar desgaste,amolecimento ou mesmo fratura dos dentes. Nos casos mais graves, podem ocorrer também problemas ósseos, e na articulação da mandíbula (ATM).
Sobre o Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2004, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas na área de saúde, desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia Bucal emitiu, gratuitamente, mais de 26 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região, sendo 1.657 de carcinomas e 125 de outras neoplasias malignas, atendendo não só pacientes da região como de outros estados do Brasil e atualmente, recebe também material proveniente da África, especificamente de Angola.
Os recursos financeiros do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic para a realização de suas pesquisas são obtidos por meio de fomento direto pela Faculdade São Leopoldo Mandic, parcerias e convênios com empresas, contribuição de associados e em especial por fomentos obtidos pelos docentes do Centro através dos órgãos públicos como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Estudos realizados na Faculdade São Leopoldo Mandic reúnem dados sobre os sintomas físicos e psicológicos de pacientes diagnosticados com DTM
A dor orofacial tem se constituído um importante problema de saúde pública, estando diretamente ligada a dores físicas e depressão
A dor orofacial tem se constituído um importante problema de saúde pública, por muitos fatores, dentre eles, o aumento na incidência, o acometimento maior em grupos etários cada vez mais precoces e sua relação direta com a qualidade de vida dos acometidos, podendo gerar implicações psicológicas.
Uma pesquisa orientada pelo Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães, Coordenador do curso de Mestrado em Disfunção Temporomandibular (DTM) avaliou a incidência de sintomas de Disfunção Temporomandibular e os seus subtipos, em estudantes do Instituto Federal do Ceará (IFCE). Dos 192 discentes avaliados, 54,34% (150) apresentaram presença de sintomatologia de DTM. Entre os sintomas da DTM, dor em suas têmporas, face, articulações temporomandibulares ou mandíbulas aparece com o maior risco, 7,93%, seguido de dor ao abrir a boca amplamente ou durante a mastigação e travamento mandibular com 7,14% e, dor de cabeça com o menor risco (1,58%).
Outro estudo coordenado pelo Prof. Dr. Antônio Sergio Guimarães teve por objetivo avaliar os componentes psicológicos da dor em pacientes com disfunção temporomandibular. Para isso, foi realizado um estudo com 32 participantes, na faixa etária de 18 a 50 anos de idade, em parceria com a Universidade Federal do Ceará, no grupo de estudo de dores orofaciais (GEDO). Entre os resultados obtido, vale destacar que 65,62% dos entrevistados (21 pacientes) apresentaram grau de depressão moderado e severo, sendo 46,87% (15 pacientes) apresentaram grau severo e 18,75% (6 pacientes) grau moderado.
Assim, objetivou-se com esse trabalho, avaliar os componentes psicológicos da dor em pacientes com disfunção temporomandibular, considerando aspectos físicos, que permitem o diagnóstico e classificação da DTM (Eixo I) bem como a avaliação do sofrimento psicológico e disfunção psicossocial associada com a dor crônica de DTM e incapacidade orofacial (Eixo II).
Sobre o Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2004, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas na área de saúde, desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia Bucal emitiu, gratuitamente, mais de 26 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região, sendo 1.657 de carcinomas e 125 de outras neoplasias malignas, atendendo não só pacientes da região como de outros estados do Brasil e atualmente, recebe também material proveniente da África, especificamente de Angola.
Os recursos financeiros do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic para a realização de suas pesquisas são obtidos por meio de fomento direto pela Faculdade São Leopoldo Mandic, parcerias e convênios com empresas, contribuição de associados e em especial por fomentos obtidos pelos docentes do Centro através dos órgãos públicos como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Aluno de Odontologia da SLMANDIC realiza parte do mestrado na Bélgica
Saulo de Matos Barbosa, aluno de Programa de Odontologia na área de concentração em Disfunção Temporomandibular da instituição, está realizando parte experimental da sua pesquisa no Hospital Universitário Leuven Sint-Rafael da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica.
Para realização do seu experimento – cujo objetivo é avaliar a prevalência e incidência de dor crônica com e sem características neuropáticas em pacientes com câncer de cabeça e pescoço – o aluno está contando com a colaboração do professor Antoon De Laat, referência internacional na área de dor orofacial. O intercâmbio teve início em outubro e se encerra neste mês de dezembro de 2019. Para o orientador de Saulo, o Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães, é uma satisfação poder contar com essa parceria científica que enriquece e fortalece a formação do aluno, impactando na qualidade da pesquisa em andamento.
A internacionalização insere-se nos programas de pós-graduação (stricto sensu) como um pilar que visa contribuir com o desenvolvimento da educação e da ciência por meio da colaboração e da troca de experiências com agentes estrangeiros.