Audiolivro infantil ajuda crianças a perderem o medo de ir ao dentista
“A viagem ao consultório do dentista” é o nome do audiolivro, criado por uma ex-aluna da Faculdade São Leopoldo Mandic, para diminuir o medo e a ansiedade das crianças antes de consultas odontológicas
Diversos estudos científicos constatam que a fase mais crítica da ansiedade é a idade pré-escolar. Nos consultórios, a ansiedade pode ser amplificada pelo medo que a criança sente dos instrumentos odontológicos e, principalmente, dos sons emitidos por eles.
Para ajudar as crianças a aceitarem melhor o tratamento odontológico, a Dr.a Bianca Fiorentin Moura, especialista e mestre em odontopediatra de Chapecó (SC), desenvolveu um audiolivro voltado para crianças de 4 a 6 anos.
“A viagem ao consultório do dentista” aborda de forma lúdica os desencadeadores de medo e ansiedade na consulta odontológica, e que já foram apontados em artigos científicos.
“O audiolivro permite que as crianças recebam, por meio da história, sensações auditivas que geram medo e ansiedade, como o barulho da cadeira odontológica, da seringa tríplice, do sugador e das canetas de alta e baixa rotação”, explica a odontopediatra.
Pesquisa na Faculdade São Leopoldo Mandic
Para verificar a eficácia do seu audiolivro, Dr.a Bianca fez um estudo com 20 crianças de 4 a 6 anos.
A criação do audiolivro e a pesquisa “Avaliação da ansiedade na Odontopediatria mediante instrumento lúdico como condicionamento” fizeram parte do seu mestrado em Odontopediatria na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, com a orientação do Prof. Dr. José Carlos Pettorossi Imparato.
Algumas crianças que participaram da pesquisa nunca tinham ido ao dentista. Todas foram avaliadas antes e depois de entrarem em contato com o audiolivro, por meio de um teste chamado Facial Image Scale – desenhos que representam emoções.
O estudo concluiu que houve redução significativa na ansiedade infantil após a aplicação do livro audiovisual.
Sobre o audiolivro
A publicação conta a história de dois irmãos, Bibi e Dudu, que, durante um sonho, são levados por uma fada ao consultório de um dentista. A fada apresenta às crianças todos os instrumentos que são usados pelo profissional e o passo a passo do atendimento. O material é interativo, com abas que instigam a curiosidade, além de espaços para a criança desenhar e pintar.
Uma contadora de histórias foi contratada para gravar o CD que acompanha o livro impresso. A padronização da leitura é uma tentativa de evitar que os pais, mesmo sem querer, repassem para os filhos seus temores com relação às idas ao dentista, na hora de narrar a história.
No final do livro, há uma lista de recomendações para os pais e responsáveis, para que a experiência da criança no dentista seja bem-sucedida.
“Com a confecção do audiolivro, eu quero que a criança se readapte e vivencie sua consulta no dentista de maneira agradável e lúdica, interagindo com o ambiente por meio da fantasia, criando uma estrutura psicológica adequada para isso”, avalia a autora.
O audiolivro na prática
“A viagem ao consultório do dentista” teve a sua primeira edição em 2013, pela Editora SG Arte Visual, de Chapecó. Foram 350 exemplares que se esgotaram rapidamente e se espalharam por consultórios e escolas da cidade.
A cirurgiã-dentista Dr.a Verônica Gusatti empresta o audiolivro para as mães mostrarem aos seus filhos antes da consulta. “Eles chegam muito mais familiarizados, tranquilos e curiosos com o atendimento. As crianças querem experimentar tudo no consultório e serem atendidos da forma que viram no livro”, conta Dr.a Verônica.
Alguns exemplares do audiolivro foram comprados pela Prefeitura Municipal de Chapecó, e usados nas visitas preventivas feitas em escolas por dentistas contratados pelo Programa Saúde da Família.
Dr.a Jaqueline Diehl Franco Moschetta é uma das profissionais da rede pública que levou o livro para as escolas da cidade. “Na infância, as crianças precisam de recursos diferentes para aprender de forma lúdica”, comenta a cirurgiã-dentista.
As mães das crianças também aprovam o audiolivro. É o caso de Rosicarla dos Santos Nonnenmacher, mãe da Isadora, 7 anos. Ela lê o livro junto com a filha, antes e após os atendimentos. “Ela perdeu o medo do consultório, porque o livro mostra como vai ser o procedimento. Isso a deixou mais segura e hoje ela adora ir ao dentista”, avalia Rosicarla.
Para que o audiolivro volte a ser editado, e possa se espalhar pelo Brasil, ajudando mais crianças, pais e dentistas, Dr.a Bianca precisa do apoio de uma nova editora. “Desejo que os ensinamentos que repasso para os responsáveis e as crianças durante as consultas transcendam o ambiente do consultório, permitindo que a família receba uma correta orientação em casa antes mesmo de chegar ao dentista”, conclui a autora.
São Leopoldo Mandic – Unidade Vila Velha realiza evento infantil
A Faculdade São Leopoldo Mandic – Unidade Vila Velha, realizou no último dia 20 de outubro, um evento especial para crianças, coordenado pela equipe do curso de Odontopediatria da Instituição.
Durante toda o dia, as alunas e professora de Odontopediatria, Dra. Lilian Citty Sarmento, receberam as crianças, pais e gestantes para várias atividades, com o objetivo de promover a saúde bucal.
Foram realizadas palestras para pais e gestantes sobre prevenção e tratamentos bucais. E para as crianças, a equipe preparou uma sala com brincadeiras e instrumentos usados por dentistas, para ensinar, de forma lúdica, como cuidar dos dentes. Também foram distribuídos brindes, pipoca e sorvete.
Segundo o coordenador da Unidade Vila velha, Gustavo Daltoé, “esta ação com a comunidade é importante para que os pais compreendam que os cuidados com a saúde bucal devem começar desde cedo. E para as crianças, é uma forma de aprender por meio de brincadeiras”.
Estudo avalia custo de procedimentos odontológicos para tratar lesões de cárie atípicas em crianças
As lesões de cárie atípicas – que envolvem mais de duas faces do dente – são um desafio para os profissionais, já que o custo dos procedimentos odontológicos pode influenciar na decisão do dentista e do paciente sobre a terapêutica a ser adotada. O uso de resina composta é o tratamento mais utilizado, independentemente do número de faces envolvidas.
A aluna de mestrado em odontopediatria da São Leopoldo Mandic, Monicque da Silva Gonçalves, avaliou o custo e o tempo de execução da técnica com resina composta e da Hall Technique – tratamento não invasivo que utiliza coroas de aço inoxidável -, em crianças com 6 e 9 anos de idade selecionadas, de forma aleatória, em uma escola pública da cidade de Manaus. Essas crianças tinham lesões atípicas em molares decíduos sem envolvimento pulpar, e foram diagnosticadas por exame clínico e radiográfico.
Os resultados da pesquisa mostraram que o tratamento com resina composta apresentou um custo 11,13% mais elevado quando comparado ao Hall Technique, que também foi 34,11% mais rápido do que a técnica convencional com resina.
“A análise dos resultados sugere que o tratamento por meio da Hall Technique apresenta não só um custo reduzido como também um tempo de execução menor em relação à técnica convencional com resina composta”, concluiu a aluna, que foi orientada pelo Professor Doutor José Carlos Imparato e co-orientada pela Professora Doutora Thaís Gimenez Cóvos. Porém, ela enfatizou que esses resultados devem ser interpretados com cautela já que estão relacionados a uma pequena amostra. “Futuramente, esses dados irão se reunir aos dados de outros pesquisadores, formando uma amostra maior e com poder para realizarmos as análises estatísticas necessárias”.
Estudo avalia o impacto de tratamentos restauradores em crianças de 7 a 9 anos de idade com cárie, em município de Goiás
A prevalência de cárie no Brasil ainda é um grave problema de saúde pública. Uma parte significativa da população, incluindo crianças e adolescentes, sofre com os impactos negativos da cárie dentária em sua qualidade de vida.
Para explorar alguns aspectos dessa realidade, a aluna de Mestrado em Odontopediatria da São Leopoldo Mandic, Patrícia Alves de Moura, orientada pelo professor doutor José Carlos Imparato, fez uma pesquisa que avaliou o impacto de tratamentos restauradores na qualidade de vida – relacionada à saúde bucal – de crianças de 7 a 9 anos com cárie, no município de Nova Gama, em Goiás.
No estudo, as crianças foram divididas em dois grupos: um foi tratado com Hall Technique (técnica que dispensa perfurações) e o outro com resina composta (método convencional). O resultado desses tratamentos foi mensurado por meio de um questionário aplicado antes do procedimento e após seis meses.
Em ambos os tratamentos, Moura avaliou que houve melhora na qualidade de vida das crianças com relação a diversos aspectos, como dor, mastigação, sono, autoestima, convívio social, evasão escolar e rendimento nos estudos.
“Pacientes com condições de saúde bucal deficiente, quando têm acesso a tratamento, de qualquer tipo, apresentam melhoras físicas, sociais e emocionais”, concluiu a aluna.
Estudo de aluna da SLMANDIC avalia progressão de cárie em dentes de leite
A cárie é uma doença cujo tratamento envolve tanto a recuperação da estrutura dentária perdida, quanto medidas preventivas e de promoção de saúde. Na população infantil, toda abordagem restauradora busca a preservação do dente decíduo ou dente de leite. Assim sendo, uma técnica que apresente boas evidências de longevidade deve ser o maior objetivo de pesquisas nessa área.
Este estudo, realizado pela aluna do curso de Mestrado em Odontopediatria da Faculdade São Leopoldo Mandic, Carla Vânia de Oliveira Figueiredo, avaliou a progressão de lesões de cárie em molares extensamente destruídos, após tratamento com diferentes técnicas, com o objetivo de fornecer ao profissional mais uma evidência para embasar a sua decisão clínica na escolha de uma técnica restauradora.
O trabalho avaliou dois tipos de tratamento: um com resina composta após a remoção seletiva de tecido cariado e outro com cimentação de coroa metálica sem remoção de tecido cariado. A conclusão foi de que a segunda alternativa é a mais viável, já que este tratamento parece estar associado à paralisação dessas lesões.
O trabalho foi orientado pelo Prof. Dr. José Carlos Pettorossi Imparato e co-orientado pela Prof.ª Dra. Daniela Hesse.
Trabalho verifica se tamanho de lesões atípicas em molares decíduos influencia na sobrevida de tratamentos restauradores
Existem várias opções para o manejo da cárie, assim como novos materiais restauradores e novas técnicas de utilização. Tudo isso torna ainda mais difícil a decisão de escolha pela melhor técnica e pelo melhor material restaurador pelo profissional, principalmente quando realizado em dentes decíduos de crianças, bastante destruídos.
A aluna de mestrado em Odontopediatria, Monica Mayer de Oliveira Zanola, orientada pelo Prof. Dr. José Carlos Pettorossi Imparato e pela Prof.ª Dra. Thaís Gimenez Cóvos, fez um trabalho sobre a influência do tamanho da cavidade na sobrevida de lesões de cáries atípicas restauradas com diferentes técnicas: Hall technique e resina composta.
Para isso, realizou um estudo clínico em crianças de 6 a 9 anos, no município de Chopinzinho, no Paraná, usando duas técnicas de abordagem de tecido cariado (remoção seletiva e remoção não seletiva) e dois materiais restauradores (resina composta e aço inoxidável) em 20 molares decíduos, com o objetivo de avaliar se a longevidade foi afetada pelo tamanho das cavidades.
Os dentes das crianças foram avaliados clínica e radiograficamente após seis meses, e os dados foram analisados de maneira descritiva, verificando a influência do tamanho da cavidade na sobrevida das restaurações nos dois grupos.
Concluiu-se que, apesar das duas diferentes abordagens, o tamanho da cavidade não teve influência na sobrevida das restaurações em ambas as técnicas. No entanto, um tempo maior de acompanhamento e mais estudos clínicos randomizados devem ser realizados para a garantia do sucesso clínico.
Trabalho avalia longevidade de restaurações em pacientes com necessidades especiais
O aluno de Mestrado em Odontopediatria da Faculdade São Leopoldo Mandic, Marcelo Ventura de Andrade, realiza trabalho de pesquisa que avalia a longevidade de restaurações realizadas em pacientes com necessidades especiais sob anestesia geral.
Com a coordenação do Prof. Dr. José Carlos Pettorossi Imparato e da Prof.ª Dra. Ana Flávia Bissoto Calvo, Marcelo Ventura de Andrade fez um estudo observacional, do tipo coorte histórica, de 109 prontuários de pacientes de 3 a 19 anos, com necessidades especiais, submetidos a tratamentos odontológicos sob anestesia geral, no Hospital Estadual Rocha Faria, do Rio de Janeiro (RJ), no período de 2013 a 2015. O tratamento restaurador neste serviço foi realizado com amálgama, resina composta ou cimento de ionômero de vidro convencional.
Após 12 meses, o estudo apontou que apenas 5,4% das restaurações falharam, sendo grande parte delas, realizadas com cimento de ionômero de vidro convencional, e o amálgama foi o material que apresentou melhores resultados de longevidade.
O trabalho mostrou, também, que o tratamento restaurador realizado sob anestesia geral em pacientes com necessidades especiais e acompanhamento periódico, restabelece e mantém a saúde dos pacientes, e a manutenção da higiene bucal é fundamental para o sucesso das restaurações.
Faculdade São Leopoldo Mandic oferece tratamento dentário para crianças
Moradores de Campinas e região podem realizar procedimentos de Odontopediatria na Instituição
A Faculdade São Leopoldo Mandic, Unidade Campinas, está com 200 vagas abertas, isentas de taxa, para a realização de tratamentos odontológicos para crianças de 0 a 3 anos, sob a orientação da equipe de Odontopediatria, coordenada pelo Prof. Dr. José Carlos P. Imparato.
No período de 10 de maio a 10 de julho deste ano, serão realizados os agendamentos pelo Departamento de Triagem da Faculdade, exclusivamente pelo telefone (19) 3211-3700, teclando opção 1, no período de 8h00 às 18h00, ou pelo e-mail triagem@slmandic.edu.br, até completarem todas as vagas.
Neste primeiro contato, os responsáveis pelas crianças recebem as orientações de como participar do Programa de Tratamento Odontológico Acadêmico e quais os documentos necessários que devem ser apresentados.
Os procedimentos são realizados na Faculdade São Leopoldo Mandic, localizada à Rua José Rocha Junqueira, nº 13, bairro Swift, Campinas (SP).