Professor de Medicina da SLMANDIC de Campinas tem artigo publicado no The Royal Society of Tropical Medicine & Hygiene
Foi publicado, no início deste mês de agosto, o artigo sobre a mortalidade associada ao chikungunya na República Dominicana, do Prof. Dr. André Ricardo Ribas Freitas, médico epidemiologista da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, no The Royal Society of Tropical Medicine & Hygiene.
O artigo apresenta estudo sobre a grande epidemia de chikungunya que houve na República Dominicana, em 2014, com 539.099 casos notificados e 6 mortes confirmadas pelo sistema de vigilância oficial. Embora o chikungunya seja uma doença considerada de baixa mortalidade, os dados sugeriram que os números foram subestimados, já que a taxa de mortalidade aumentou durante a epidemia neste ano e houve uma forte correlação entre o alto número de mortes por mês e os casos de chikungunya.
De acordo com os achados da pesquisa, houve 4.952 óbitos atribuíveis ao chikungunya em uma população de 9 milhões de habitantes. Segundo Dr. André Ribas Freitas, “isso significaria cerca de 650 óbitos em uma cidade como Campinas, lembrando que, na pior epidemia na cidade, houve 20 óbitos pela doença no município”.
A pesquisa conclui que é necessário rever os protocolos clínicos e investigar, com urgência, as causas associadas às mortes durante a epidemia de chikungunya.
Fatores individuais associados à má oclusão em adolescentes
Fatores individuais associados à má oclusão em adolescentes
Autores: Rebouças AG, Zanin L, Ambrosano GMB, Flório FM
Objetivo: O objetivo deste artigo foi identificar a severidade da má oclusão e fatores associados em adolescentes brasileiros. Foram analisados dados dos 5.445 adolescentes que participaram do inquérito nacional de saúde bucal (SB Brasil 2010), sendo que destes, 4276 permaneceram no estudo com base nos critérios de inclusão. A variável dependente foi má oclusão severa e muito severa, classificada pelo índice de estética dentária (DAI > 30). As variáveis independentes foram: local de moradia, macrorregião, cor da pele autorreferida, renda, sexo, escolaridade, acesso a serviço de saúde bucal, presença de cárie não tratada e dentes perdidos por cárie, anteriores e posteriores. Foi realizada análise de regressão logística múltipla hierarquizada considerando o plano amostral complexo de conglomerados. A prevalência de má oclusão severa e muito severa foi de 17,5%. Após ajustes, o grupo preto/pardo (OR1,59 IC95%1,09-2,34), a menor renda familiar (OR0,67 IC95%0,55-0,82), a perda por cárie de dentes anteriores (OR2,32 IC95%1,14-4,76) e posteriores (OR1,45 IC95%1,14-1,84) mostraram associação com o desfecho. Concluiu-se que o grupo pretos/pardos, os que possuem a menor renda familiar e os que têm mais dentes anteriores e posteriores perdidos por cárie, apresentam a maior chance de ter má oclusão severa/muito severa.
Publicado no periódico: Scielo – Ciência & Saúde
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