Ortodontista boliviano defende tese de doutorado na Faculdade São Leopoldo Mandic
Neste mês de novembro, no dia 9, aconteceu, na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, a defesa da tese de doutorado “A avaliação do papel da proteinoquinase C – isoformas alpha e beta – na neuropatia periférica experimental na articulação temporomandibular de ratos”, do Dr. Jaime Rodolfo Gamarra Suarez, cirurgião-dentista e especialista em Ortodontia. O Dr. Jaime é professor de Ortodontia no Colégio de Odontólogos de Santa Cruz e na Fundação de Especialidades Internacionais (FUNDEPI), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.
A pesquisa demonstrou que o diabetes reduz a sensibilidade da articulação temporomandibular, o que pode agravar microlesões que resultam em processos degenerativos sem dor na ATM de ratos. A redução de sensibilidade está associada a variações na expressão de uma enzima denominada de proteinoquinase C.
O Diabetes Mellitus é uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia crônica, que resulta em lesões nervosas periféricas que interferem na habilidade de cicatrização dos tecidos. Os tecidos orofaciais também são afetados por esta doença.
“Especificamente na minha área, que é a ortodontia, esse trabalho de pesquisa pode contribuir para a compreensão da importância dos processos inflamatórios e da percepção da dor quando é feito um tratamento”, afirma Dr. Jaime.
O ortodontista conta que escolheu a Faculdade São Leopoldo Mandic para fazer o curso de doutorado por causa do seu prestígio, da trajetória da instituição, dos seus trabalhos de pesquisa e das inúmeras publicações científicas que realiza todos os anos.
O projeto foi orientado pela Dr.a Juliana Trindade Clemente Napimoga e a banca examinadora foi constituída pelas Dr.a Rosanna Tarkany Basting, Dr.a Cristina Gomes de Macedo Maganin e Dr.a Giovana Tofoli Moniz e pelo Dr. Victor Angelo Martins Montalli.
Aluna da SLMANDIC cria porta-escovas coletivos para diminuir a contaminação das escovas de dente em creches de Bacabal (MA)
A escova de dente é um instrumento essencial para manter a higiene bucal. Porém, ela pode se transformar em um verdadeiro depósito de microrganismos capaz de transmitir inúmeras doenças, caso não seja acondicionada da forma correta. Pesquisas já revelaram que é possível encontrar cerca de 900 espécies de bactérias na boca, que podem viver por até 24 horas entre as cerdas das escovas.
Para investigar como as escovas de dente são acondicionadas e a sua contaminação em pré-escolas do município de Bacabal, no Maranhão, a cirurgiã-dentista, Maria Tereza Freire Carvalho, visitou as escolas públicas de ensino infantil, avaliou a forma de acondicionamento das escovas e realizou a análise microbiológica de 55 escovas acondicionadas pelos professores.
O estudo constatou que houve crescimento de microrganismos em 36 escovas, e 89% das escolas avaliadas guardavam as escovas das crianças de forma inadequada. “Em geral, as creches colocam as escovas todas juntas em um mesmo recipiente”, conta a dentista.
A partir dessa pesquisa, que foi o projeto de mestrado de Maria Tereza, desenvolvido na Faculdade São Leopoldo Mandic, a pesquisadora sentiu a necessidade de ajudar as pré-escolas de Bacabal a melhorar a forma como guardam as escovas das crianças. “Senti que eu precisava levar os resultados da pesquisa para as escolas, alertando sobre a contaminação cruzada das escovas e, ao mesmo tempo, oferecendo uma solução”.
Foi por isso que, durante o doutorado em Ciências Odontológicas e Odontopediatria, também na SLMANDIC, Maria Tereza desenvolveu o projeto “Oficinas de porta-escovas dentais coletivos em espaços escolares”. Ela criou três modelos de porta-escovas com materiais de descarte doméstico – garrafas PET e tampinhas de garrafas –, com o objetivo de atender as características ideais de acondicionamento de escovas em ambiente coletivo, além de diminuir a contaminação cruzada das escovas de dente.
Para transmitir esse conhecimento, foram oferecidas palestras e oficinas para 98 professores de 18 pré-escolas do município de Bacabal, em parceria com o Programa Saúde na Escola, do Ministério da Saúde. Essas atividades incentivaram a criação de novos hábitos e a mudança de comportamento dos professores com relação à saúde bucal das crianças. “É uma solução simples, barata e que funciona”, conclui a aluna. Ela conta que as escolas aderiram ao projeto, construíram seus próprios porta-escovas e estão até colocando a logomarca da escola neles.
Aprender brincando – Essa proposta foi baseada na lógica do projeto “Aprender brincando sobre saúde com sustentabilidade para crianças”, da São Leopoldo Mandic. “Esse trabalho é importante porque leva para a área da educação a conscientização sobre a saúde bucal das crianças. É responsabilidade da educação básica educar e cuidar”, enfatiza a Dr.a Flávia Martão Flório, professora da disciplina de Saúde Coletiva da Odontologia da SLMANDIC, e orientadora do mestrado de Maria Tereza.
Junto com a professora Almenara de Souza Fonseca Silva, Flávia coordena o “Aprender brincando”, que ensina profissionais da educação a criar e usar ecobjetos e ecojogos com materiais de descarte doméstico para falar sobre saúde. Com esses materiais fica mais fácil ensinar as crianças sobre os cuidados com a saúde e também falar sobre a higiene bucal. “Nas escolas de Bacabal, os porta-escovas foram feitos com materiais de descarte doméstico, sem custo e que podem ser lavados. Algo simples de ser aplicado”, comenta Flávia.
Aluno da SLMANDIC defende tese de doutorado sobre patente de mini-implante duplo para ancoragem ortodôntica
Os sistemas de ancoragem são importantes nos tratamentos ortodônticos, mas sempre representaram um desafio por serem complexos e dependerem da colaboração dos pacientes. Na atualidade, os mini-implantes passaram a ser amplamente utilizados. Eles ficam camuflados no interior da boca, o que evita desconfortos sem interferir na estética. São pontos de apoio fixos, que não dependem da colaboração dos pacientes.
Porém, uma das maiores preocupações com relação aos mini-implantes é o risco de lesões às raízes dos dentes, quando são introduzidos no meio deles. Para minimizar os riscos de trauma radicular, Marcelo Campos, aluno da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, desenvolveu seu projeto de doutorado “Mini-implante duplo com tripla rosca para ancoragem ortodôntica”. A tese foi defendida na última sexta-feira, dia 21 de setembro. A banca examinadora foi composta pelos professores Dr. Marcelo Sperandio e Dr. Aguinaldo Garcez Segundo, da SLMANDIC, e Dr.a Tatiana Meulman e Dr.a Juliana Maia, doutoras pela Unicamp.
De acordo com Marcelo, o mini-implante desenvolvido por ele é menos invasivo, sendo formado por duas peças, sendo curto, oco e com tripla rosca, o que aumenta a área de contato e otimiza a estabilidade primária. “A técnica de aplicação é simplificada e, quando há espessura óssea adequada, pode ser utilizado até sobre as raízes dentárias. É uma ferramenta de grande versatilidade em meio aos acessórios de ancoragem esquelética ortodônticos tradicionais”, afirma.
Por suas características inovadoras, o mini-implante duplo desenvolvido na São Leopoldo Mandic, teve sua patente registrada no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual). Para a orientadora da tese, a Prof.a Dr.a Daiane Cristina Peruzzo, “o projeto de patente é o trabalho que interfere de forma mais direta para o desenvolvimento da ciência e tem como objetivo facilitar as atividades clínicas do ortodontista e, principalmente, otimizar o tratamento para o paciente”.
Faculdade São Leopoldo Mandic sedia reunião do FOPROP
Assessor do Senador Agripino Maia participou do evento apresentando projeto de lei de criação d efundo privado para fomento de pesquisa
A Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, sediou nesta sexta-feira, 20 de abril, a reunião do FOPROP – Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação, para discussão de Financiamento da Pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado), por parte governamental e por instituições particulares.
Vinte e dois representantes de Instituições de Ensino Superior do país estiverem presentes no Fórum, além de Murilo Medeiros, assessor do Senador Agripino Maia, que apresentou o Projeto de lei 158/2017 – de Pesquisa e Inovação -, de criação de fundo privado para fomento da pesquisa; da professora Adriana Tonini, que apresentou dados do financiamento e ações do CNPq, e do professor Paulo Barone (Secretário da Sesu), e membro do Conselho Nacional de Educação – CNE, que falou sobre a oferta do mestrado profissional a distância e o monitoramento e supervisão da Pós-graduação lato sensu no Brasil.
A reunião foi presidida por Marcelo Henrique Napimoga, Diretor de Pós-Graduação da Faculdade São Leopoldo Mandic, que foi eleito em 2017 como o representante das Instituições de Ensino Superior particulares do Brasil junto ao Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação – FOPROP.
O FOPROP realiza reuniões periódicas de cada um dos segmentos das Instituições de Ensino Superior, para que possam discutir as particularidades de casa IES. Anualmente, no mês de novembro, ocorre o Encontro Nacional dos Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (ENPROP), ocasião em que há um debate nacional sobre os rumos da pesquisa e Pós-graduação brasileira.
Trabalho de aluno avalia distribuição de forças em prótese total fixa superior
Na Odontologia, os tratamentos com implantes já são vistos com altas taxa de sucesso. Pessoas desdentadas na parte superior podem receber quatro implantes e uma prótese fixa para repor todos os dentes. Esta prótese pode ser feita com vários materiais diferentes, sendo o metal (cobalto-cromo), um dos mais utilizados.
Porém, com a necessidade de uma boa estética, um outro material está sendo indicado: a zircônia – uma porcelana branca, que apresenta uma resistência semelhante ao metal e que oferece uma melhor estética.
Este trabalho, realizado pelo aluno do curso de Doutorado em Implantodontia, Rafael Antonio de Campos, orientado pelo prof. Dr. Bruno Salles Sotto-Maior, comparou, por meio de um programa de computador chamado “Elementos Finitos”, a distribuição de forças em uma prótese total fixa superior, suportada por quatro implantes, comparando um modelo com a infraestrutura de cobalto-cromo (metal) e outro em zircônia.
A conclusão foi de que os dois materiais apresentaram resultados semelhantes, podendo ser utilizados sobre implantes com segurança, promovendo sucesso no tratamento.
Aluno de Doutorado da SLMANDIC tem estudo publicado na revista Molecular Medicine Reports
Aluno de doutorado do Programa de Odontologia – Área de Concentração em Implantodontia – Christian Rado Jarry, orientado pelo Dr. Marcelo Henrique Napimoga, professor e Diretor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Faculdade São Leopoldo Mandic, teve seu estudo publicado na revista científica “Molecular Medicine Reports”.