Palestras marcam dia de lançamento do livro “Doenças Ósseas Maxilofaciais – Patologia e Imagem”
Nesta sexta-feira, dia 31 de maio, acontece o lançamento do livro “Doenças Ósseas Maxilofaciais – Patologia e Imagem”, de autoria do Dr. Ney Sores de Araújo e Dr. José Luiz Cintra Junqueira, na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas. E, para marcar este dia, alunos e professores de Odontologia reuniram-se para assistir a um ciclo de palestras sobre Radiologia, Imaginologia e Patologia Oral.
A primeira palestra do dia foi sobre “Aspectos atuais de histologia, estrutura e metabolismo do tecido ósseo”, ministrada pela Dr.a Elizabeth Ferreira Martinez, professora da São Leopoldo Mandic. Ela falou sobre a composição dos ossos e as células fundamentais responsáveis pela sua formação, que são os osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.
Dr.a Elizabeth explicou a função de cada uma dessas células e como elas trabalham no organismo. Os osteoblastos respondem a estímulos para mediar o crescimento e a remodelação óssea. Os osteoclastos são responsáveis pela reabsorção da matriz orgânica e inorgânica. E os osteócitos, que antigamente eram considerados células “dormentes” ou “metabolicamente inativas”, também são hoje reconhecidos como células formadoras e responsáveis por reabsorção. “A morte dos osteócitos é a morte do osso”, disse a professora, frisando a importância dessas células, que podem ser destruídas por trauma, fármacos e excesso de álcool.
Com relação ao metabolismo ósseo, Dr.a Elizabeth falou sobre osteoporose – prevalência, diagnóstico, tratamento e fatores de risco. Ela explicou como é feito o exame de densitometria óssea e como o fumo, o álcool e o sedentarismo podem causar a osteoporose. “O álcool reduz a formação de osso e aumenta a de gordura, além de provocar o estresse oxidativo e reabsorção óssea”, enfatizou a professora, lembrando que a prática de atividade física é a melhor prevenção para a doença.
Tumores maxilares
Em seguida, Dr. Ricardo Santiago Gomes, da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ministrou a palestra “Contribuição da Biologia Molecular para o Diagnóstico e Tratamento dos Tumores Maxilares”.
Dr. Ricardo falou sobre diagnóstico e tratamento de ceratocisto odontogênico, cisto odontogênico calcificante, tumor odontogênico adenomatoide, ameloblastoma e lesão de células gigantes.
Para ele, é preciso ter cuidado para falar sobre a efetividade dos tratamentos com determinados fármacos para tratar tumores odontogênicos. “Há um grande investimento da indústria e é preciso ser crítico quanto aos números apresentados e sobre a efetividade desses fármacos”, disse.
Imaginologia contemporânea
A terceira palestra do dia foi sobre “Imaginologia Contemporânea”, com o Dr. Israel Chivaquer, professor associado da disciplina de Radiologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP). Ele falou sobre inteligência artificial, CAD/CAM, atualidades e mudanças de paradigma na Imaginologia e radiologia do futuro.
Dr. Israel enfatizou que o exame radiológico é complementar ao clínico e lembrou a importância da anamnese no consultório odontológico. “Na anamnese, nós temos que ouvir tudo o que o paciente quer nos contar. O paciente sempre tem razão”, disse.
Com relação à era digital na Odontologia e Radiologia, ele frisou que a evolução nos equipamentos e softwares exige que os cirurgiões-dentistas estejam cada vez mais preparados para lidar com uma quantidade cada vez maior de informações. “A qualificação do profissional continua sendo muito importante, mesmo que ele use a tecnologia mais avançada”, opinou Dr. Israel.
Ele também alertou para o fato de que nem sempre o excesso de radiação justifica o uso de certas tecnologias. O uso de certas tecnologias modernas pode expor o paciente a uma quantidade de radiação que poderia ser evitada com exames mais simples. “É importante fazer o diagnóstico diferencial adequadamente”, falou.
A última palestra do dia foi sobre “Tomografia computadorizada por feixe cônico: critérios de interpretação para o cirurgião-dentista”, com o Dr. Marcelo de Gusmão Paraíso Cavalcanti, professor associado da disciplina de Radiologia do Departamento de Estomatologia da FOUSP.
Lançamento do livro
Após as palestras, a Instituição realiza o coquetel de lançamento do livro “Doenças Ósseas Maxilofaciais – Patologia e Imagem” para os convidados. Os autores irão autografar os livros, que poderão ser adquiridos na hora.
“O livro tem o objetivo de difundir os conhecimentos sobre doenças ósseas maxilofaciais aos colegas clínicos, radiologistas e patologistas”, explica Dr. Ney Soares de Araújo. “São apresentadas as doenças ósseas e quais os melhores tratamentos que a literatura recomenda”.
Alunos de Especialização em Odontologia Legal têm aula prática com cena de crime
Nesta quinta-feira, dia 30 de maio, os alunos do curso de Especialização em Odontologia Legal, da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, tiveram uma aula prática com a Dr.a Beatriz Figueiredo, perita criminal da Polícia Civil do Distrito Federal, da Seção de Crimes Contra a Pessoa. Durante a aula, foi reproduzida a cena real de um crime que aconteceu em Brasília, dentro de um supermercado.
“A ideia é que os alunos possam entender um pouco como é o processamento do crime. Com base no que já foi dado de teoria, eles analisam a cena do crime e me dão um diagnóstico final”, disse Beatriz. Depois disso, os alunos assistiram ao vídeo da cena real do crime, que foi filmada por uma câmera do supermercado, e eles puderam ver o que aconteceu naquele dia.
“Eles podem ver como é difícil o trabalho do perito, que precisa ser muito criterioso. É uma responsabilidade enorme fechar um diagnóstico que deve ser entregue para o juiz”, complementou a perita criminal.
Beatriz também explicou para os alunos sobre qual é a melhor forma de preparação para concursos públicos. “Queremos mostrar para os alunos que existem outras possibilidades de atuação para além da clínica odontológica. Há outras opções de trabalho para o cirurgião-dentista”.
Especialização em Odontologia Legal
A Faculdade São Leopoldo Mandic forma especialistas em Odontologia Legal preparados para atuar nos mais diversos foros das perícias odontológicas, e também em ensino e pesquisa na área de Odontologia Forense.
O curso tem uma grande carga de atividades práticas, que simulam condições próximas ao real. Em cooperação com a Cidade Judiciária de Campinas, há a realização de perícias em casos de processos de responsabilidade profissional do cirurgião-dentista. Além disso, o curso também conta com uma cooperação com institutos médico-legal e de criminalística, sendo que está previsto um módulo fora do estado de São Paulo para atividades em IML e IC.
Mais informações podem ser obtidas na Central de Atendimento, pelo telefone 0800 941 7 941 ou pelo e-mail faleconosco@slmandic.edu.br.
São Leopoldo Mandic abre processo seletivo para docente de Odontologia
Está aberto o Processo Seletivo de Docente da Faculdade São Leopoldo Mandic, no município de Campinas (SP), para o preenchimento de 1 vaga na área de Radiologia Odontológica, para a graduação e pós-graduação em Odontologia. As inscrições acontecem de 31 de maio de 2019 a 14 de junho de 2019, no site institucional da SLMANDIC.
O candidato deverá acessar o link “Trabalhe conosco” e, posteriormente, “Processo Seletivo Docente – PSD 008/2019.1”, fazer download da ficha de inscrição, preencher todas as informações solicitadas e enviá-las para o e-mail recrutamento.professor@slmandic.edu.br ou entregar a documentação descrita no edital, pessoalmente, na sede da Instituição.
A prova didática, entrega de currículos, entrevistas e demais etapas ocorrerão no dia 18 de junho de 2019, a partir das 9h00, no Bloco K da Faculdade, localizada na R. Dr. José Rocha Junqueira, 13, Swift, Campinas (SP).
O resultado final do processo seletivo será enviado, individualmente, para cada candidato, no dia 25 de junho de 2019.
Para informações completas, acesse o edital.
SLMANDIC abre Processo de Transferência para os Cursos de Medicina e Odontologia
A Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, abre Processo de Transferência e Ingresso para Portadores de Diploma para os cursos de Graduação em Medicina e em Odontologia.
São cinco vagas iniciais para Medicina e duas vagas para Odontologia, para os seguintes Grupos: Portadores de diploma de curso superior e alunos regularmente matriculados no curso de Odontologia da SLMANDIC e que queiram transferir para Medicina; alunos regularmente matriculados em cursos da área da saúde e alunos regularmente matriculados nos cursos de Medicina e de Odontologia de outras IES brasileiras, credenciadas pelo MEC, que tenham concluído, comprovadamente, um período letivo.
As inscrições podem ser feitas a partir desta terça-feira, dia 28 de maio de 2019 até o dia 15 de julho, exclusivamente pelo site da Faculdade São Leopoldo Mandic (www.slmandic.edu.br/transferencias). Só poderão participar os candidatos que cumprirem todos os requisitos, especialmente no que diz respeito à documentação necessária e ao pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 500,00 (reais).
Posteriormente, os candidatos deverão enviar todos os documentos descritos no Edital pelo e-mail transferencias@slmandic.edu.br, aos cuidados da Secretaria Geral, dentro do prazo das inscrições.
A prova de seleção para os candidatos efetivamente inscritos será realizada no dia 19 de julho de 2019, das 9h00 às 12h00, na SLMANDIC, localizada à Rua Dr. José Rocha Junqueira, 13 – Swift – Campinas – SP, assim como as entrevistas individuais.
Os resultados serão publicados, individualmente, no ambiente virtual do candidato (Área do inscrito), no dia 23 de julho de 2019.
As matrículas serão realizadas no dia 25 de julho de 2019. Serão convocados os candidatos aprovados por ordem de classificação.
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SLMANDIC realiza atendimentos em unidade de tratamento da Dengue em Campinas
De 1º de abril a 1º de maio deste ano, a Faculdade São Leopoldo Mandic manteve um espaço dentro da UBS (Unidade Básica de Saúde) Zizi Junqueira para atendimento de casos suspeitos de dengue para toda a população de Campinas. Todos os atendimentos foram realizados por professores, alunos e residentes do Curso de Medicina da SLMANDIC.
Na primeira quinzena, foram atendidos 215 casos, sendo que alguns eram gravíssimos. “A SLMANDIC recebeu reconhecimento da população por meio de registros de elogios nos canais de atendimento da Prefeitura de Campinas pelos números 156 e 0800”, informou Dr.a Zeliete Zambom, coordenadora da UBS Zizi Junqueira pela SLMANDIC.
No total, foram realizados cerca de 2 mil atendimentos, incluindo casos suspeitos e reavaliações até o restabelecimento do bom estado geral dos pacientes.
Em agradecimento ao apoio prestado pela São Leopoldo Mandic, Dr. Carmino Souza, Secretário Municipal de Saúde, emitiu um ofício, no dia 20 de maio, em que reconhece o importante serviço prestado pela Faculdade à população de Campinas.
Estudo avalia confiança do brasileiro em vacinas
Pesquisa realizada na Faculdade São Leopoldo Mandic é parte de um projeto global que detecta tendências sobre confiança em vacinas e hesitação em vacinar
Apesar de serem inegáveis os benefícios da imunização, cada vez mais pessoas têm ficado hesitantes com relação às vacinas. Por esse motivo, o ressurgimento de doenças já erradicadas no passado tem sido um problema de saúde pública e motivo de preocupação em todo o mundo. Para avaliar a confiança nas vacinas e a hesitação em vacinar no Brasil, pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, realizaram um estudo em parceria com a London School of Hygiene and Tropical Medicine.
Foram entrevistadas quase mil pessoas que têm filhos, por meio de um questionário sobre percepção em relação às vacinas e à vacinação. Perguntas exploratórias adicionais foram feitas aos pais de crianças menores de 5 anos. Essas questões geraram informações sobre o comportamento em relação à vacina, opiniões sobre vacinação e serviços públicos de saúde e hesitação em vacinar.
Os resultados da pesquisa foram descritos no artigo “Vacina: Confiança e Hesitação no Brasil”, publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz, e mostraram que ainda há mais confiança na imunização do que nos serviços de planejamento familiar, agentes comunitários de saúde e serviços de emergência.
A taxa geral de hesitação foi de 16,5%, enquanto 81 (23%) dos 352 pais com filhos menores de cinco anos estavam hesitantes em relação à vacinação de seus filhos e 6 foram totalmente recusantes (7,4% dos hesitantes).
Apesar de a confiança geral da vacina ser alta, o estudo mostrou que há uma tendência para que níveis mais baixos de confiança estejam associados a níveis mais altos de hesitação. “Também notamos que houve uma associação importante entre hesitação e recusa vacinal, porque houve mais recusa em pais hesitantes do que em pais que não hesitaram em vacinar. Podemos concluir que a hesitação é um fator de risco importante para a recusa e que precisa ser monitorado e investigado periodicamente”, afirma Marcelo Sperandio, professor e pesquisador da Faculdade São Leopoldo Mandic e um dos autores do artigo.
No Brasil, o estudo identificou que há um risco maior de hesitação em pessoas com índices socioeconômicos mais baixos. Porém, o que mais chamou a atenção dos pesquisadores foi que mesmo pessoas com índices socioeconômicos mais altos também podem hesitar e se recusar a vacinar os filhos. “Ficamos intrigados com isso, pois imaginávamos que pessoas com mais acesso a informações sobre a importância e eficácia das vacinas fossem completamente a favor delas, sem hesitação alguma”, comenta Sperandio.
“Vacinas desnecessárias”
A maior porcentagem de motivos de hesitação foi atribuída a questões de confiança: 41,4% e 25,5% não acreditam que as vacinas sejam seguras ou eficazes, respectivamente. A hesitação devido a preocupações com eventos adversos representou 23,6%.
Dentre os motivos de hesitação e recusa, houve uma parcela importante dos entrevistados que julgaram as vacinas como desnecessárias. “Esse foi um dado interessante porque foi maior no Brasil do que nos outros países em que esse índice foi avaliado. O ‘desnecessário’ foi algo peculiar da nossa população. Agora resta saber por que essas pessoas acham isso”, enfatiza o professor.
“Esse tipo de estudo é importantíssimo para o monitoramento dessa tendência de hesitação, porque a hesitação leva à recusa. Precisamos monitorar a hesitação para poder intervir antes de termos uma bola de neve de recusas que pode causar problemas para todo mundo. Se a pessoa não se vacina, ela traz a doença de novo para a comunidade e outras pessoas acabam contraindo a doença”, avalia Sperandio, lembrando que o Brasil perdeu, em 2018, a certificação de país livre de sarampo, conferida pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), após registro de surtos de disseminação do vírus.
Vaccine Confidence Project (VCP)
No Brasil, o estudo realizado pelos pesquisadores da São Leopoldo Mandic, e coordenado pelo Dr. Marcelo Henrique Napimoga, diretor de pós-graduação, pesquisa e extensão da Instituição, é o primeiro que se dedica formalmente a avaliar o estado de confiança da população nas vacinas. E é parte de um projeto mais amplo, que mapeia a confiança em vacinas globalmente, o Vaccine Confidence Project (VCP).
O VCP foi criado em 2009 para entender, monitorar e responder a questões sobre confiança em vacinas e programas de imunização em todo o mundo. O projeto detecta sinais e identifica tendências de recusa vacinal que, se forem detectadas em estágio inicial, podem ser enfrentadas e modificadas.
Napimoga explica que o VCP criou um questionário – utilizado na pesquisa no Brasil e que também é aplicado em vários países -, que mede variáveis dinâmicas sobre confiança em vacinas, como é o caso da hesitação. Ele ressalta que trabalhos anteriores mostravam apenas a recusa em vacinar, sem necessariamente fazer associações com a hesitação.
“Já o VCP mede o risco de recusa a vacinas que está diretamente relacionado à hesitação, ou seja, medindo hesitação você consegue ter uma ideia prévia do risco de a pessoa se negar a vacinar as crianças. É importante medir a taxa de hesitação porque é um dado dinâmico, que varia de acordo com diversos fatores, que podem ser políticos, sociais, econômicos, demográficos e religiosos”, argumenta Napimoga.
Variável dinâmica
Sperandio lembra que a coleta de dados para o estudo no Brasil foi feita em 2016, quando houve uma grande epidemia de dengue e foram confirmadas as suspeitas de que o surto de Zika Vírus era responsável pelos inúmeros casos de microcefalia. Naquele mesmo ano, a crise política havia culminado no impeachment da ex-presidente Dilma Roussef.
Para o professor, essas questões políticas e de saúde pública podem ter sido a causa da falta de confiança da população nas vacinas naquele momento. “Os níveis de hesitação podem diminuir, por exemplo, conforme o momento político se torna mais estável.”
No entanto, para que essa hipótese se confirme, é preciso que a confiança, hesitação e recusa sejam medidas periodicamente. “Este foi o primeiro estudo realizado no Brasil e que deve abrir espaço para que outros estudos sejam feitos. A ideia é que a mesma forma de avaliação seja usada em outros momentos, para que se saiba como essas tendências variam ao longo do tempo e por quais razões”, ressalta Sperandio.
Tendência mundial
Os dados coletados no Brasil foram semelhantes aos dados encontrados em outros países, com algumas diferenças pontuais em relação à confiança em outros serviços públicos de saúde, seguindo, portanto, uma tendência mundial de hesitação vacinal.
“A disseminação de informações inverídicas sobre as vacinas tem auxiliado a aumentar a hesitação vacinal em todo o mundo, o que tem feito ressurgir doenças que já haviam sido erradicadas”, avalia o professor da Faculdade São Leopoldo Mandic.
Em 1998, uma pesquisa, realizada no Reino Unido e publicada na conceituada revista Lancet, mostrou a possibilidade de um vínculo causal entre o autismo e a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. O que era apenas uma hipótese, foi o suficiente para que os índices de vacinação contra essas doenças caíssem no Reino Unido e em diversos países ao redor do mundo.
“Esses fatos históricos têm um impacto direto nos níveis de hesitação. Quando se detecta um nível maior de hesitação, é a hora ideal para que os governos tomem medidas locais para evitar índices maiores de recusa, agindo diretamente nas causas”, conclui Sperandio.
O artigo Vaccine confidence and hesitancy in Brazil (doi: 10.1590/0102-311X00011618), de Amy Louise Brown, Marcelo Sperandio, Cecília P. Turssi, Rodrigo M. A. leite, Victor Ferro Berton, Regina M. Succi, Heidi Larson e Marcelo Henrique Napimoga, está publicado em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000905014&lng=en&tlng=en.
Professores da SLMANDIC participam do Bahia Osseointegration Meeting e III Encontro de Ex-alunos do Dr. Francischone
O Bahia Osseointegration Meeting (BOM 2019) e III Encontro dos Ex-alunos do Professor Dr. Carlos Eduardo Francischone, da São Leopoldo Mandic, aconteceram nos dias 17 e 18 de maio, em Salvador (BA). Com o apoio da SLMANDIC, o evento recebeu 400 participantes que assistiram a palestras com renomados professores nacionais e internacionais na área de Implantodontia.
Além de palestras, houve o lançamento da segunda edição do livro “Dicas e Soluções em Implantodontia: Prática Clínica”, organizado pelo Dr. Francischone e escrito por mais de cem colaboradores, muitos deles ex-alunos de pós-graduação da São Leopoldo Mandic. A publicação permite manter os cirurgiões-dentistas e especialistas informados e atualizados sobre as técnicas mais atuais da Implantodontia.
Dr. Francischone também promoveu a sessão intitulada “Se Vira nos dez”, onde seus ex-alunos apresentaram trabalhos de pesquisa em até 10 minutos, e proferiu a palestra sobre “Questionamentos e Soluções na Implantologia”.
O Diretor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da São Leopoldo Mandic, Dr. Marcelo Henrique Napimoga, foi um dos palestrantes do evento e falou sobre “Evidências Científicas do Comportamento Imunobiológico dos Ossos Alógenos para Reconstrução Maxilar”. “O evento e as apresentações foram um sucesso, especialmente aquelas dos ex-alunos da São Leopoldo Mandic”, comentou.
A Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas da SLMANDIC, Dr.a Juliana T. Clemente Napimoga, também estava presente e destacou que muitos dos ex-alunos do Dr. Francischone tornaram-se professores em instituições de ensino particulares e públicas. “Isso corrobora a qualidade da formação técnico-científica do programa de pós-graduação da São Leopoldo Mandic”, enfatizou.
De olho na inovação
Em 2019, a Faculdade São Leopoldo Mandic criou o Hub Mandic – um espaço para fomentar e ajudar as áreas de ciência, inovação e tecnologia a se conectarem com o setor da saúde.
Seminário Internacional discute redução de danos no uso de drogas
Cerca de 200 pessoas, entre profissionais e gestores de serviços de saúde e estudantes de graduação e pós-graduação, estiveram reunidas nesta sexta-feira, dia 17 de maio, para o Seminário Internacional de Políticas de Redução de Danos, na Faculdade São Leopoldo Mandic. O evento foi realizado pelo Ipads (Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social) e pela SLMANDIC e contou com a participação de vários especialistas para falar sobre o histórico, as atualidades e perspectivas em redução de danos.
A primeira mesa de debates foi composta pelo sociólogo Dr. Maurício Fiore e Dr. Thiago Trapé, professor da Faculdade São Leopoldo Mandic. Fiore, que é pesquisador do Centro brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip) e da Associação Brasileira de Estudos Sociais sobre o Uso de Psicoativos (Abesup), falou sobre a natureza conceitual do termo “redução de danos”, com foco em política de drogas, que, segundo ele, é a maneira como o Estado se posiciona diante do consumo de substâncias psicoativas.
Fatores históricos
Fiore afirmou que havia no Brasil a crença de que a redução de danos não seria necessária, pois o uso de drogas injetáveis não é prevalente. Havia, portanto, uma preocupação apenas com o compartilhamento de seringas contaminadas e a proliferação de doenças infectocontagiosas, como a AIDS. Porém, ao longo do tempo essa visão tem se transformado e se estendido para o uso de drogas lícitas, como o álcool e o tabaco.
Ele mostrou diversos aspectos históricos da redução de danos e a tendência, na atualidade, de se oferecem cuidados em saúde para dependentes químicos sem exigir deles a abstinência. “O importante é proporcionar qualidade de vida”, afirmou.
Fiore ainda falou sobre a história do proibicionismo e da criminalização das drogas e os cenários regulatórios dicotômicos. “Temos que colocar muita complexidade nessa discussão, cada tipo de droga e cada grau de consumo precisa de tipos diferentes de ações para redução de danos”, disse.
O sociólogo também enfatizou que o pragmatismo deve orientar a redução de danos. “Devemos criar regras para diminuir os danos, baseadas em evidências que compravam a eficácia delas”.
Controle ambiental
Com relação ao tabaco, Fiore falou sobre a regulação ambiental e o cigarro eletrônico. Para ele, o controle ambiental é a melhor forma de prevenção do vício em nicotina. “Definir quando, como e onde é permitido fumar, e também quem pode fumar, é uma forma de controle que pode ser eficaz”, enfatizou.
Sobre cigarros eletrônicos, ele diz que é preciso ter cuidado. “Nos EUA, os cigarros eletrônicos estão atraindo novos consumidores. A curva entre os jovens é ascendente.”
Evidências clínicas
A segunda mesa de debates do dia foi composta por Dr. André Malbergier, do Departamento de Psiquiatria e HC da USP, e Dr. Pedro Farsky, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese e Hospital Israelita Albert Einstein. Malbergier falou sobre “Evidências Clínicas na Prática de Redução de Danos”.
O psiquiatra expôs primeiro o conceito de redução de danos. “É preciso lidar com o fato de que a adesão aos tratamentos é feita por uma minoria de pessoas que precisam de ajuda. E em muitos países ainda há a tradicional dicotomia do tudo ou nada, que tem a total abstinência como meta necessária para a abordagem do usuário”.
Malbergier também enfatizou que a redução de danos precisa ser vista de maneira pragmática. “Se você não consegue parar de usar determinada droga, pelo menos use da forma menos danosa possível”, disse.
Tabagismo
Ele mostrou dados sobre a epidemiologia do tabagismo – mais de 1,1 bilhão de pessoas fumam tabaco no mundo – e o impacto disso para a saúde do indivíduo e a sociedade. “Nem todo fumante quer ou consegue parar de fumar”, observou.
Malbergier também fez um alerta com relação aos cigarros eletrônicos. “Os e-cigarros funcionam com bateria e liberam a nicotina por vaporização. É possível colocar um líquido neles que contém diversos sabores. Isso pode atrair crianças e adolescentes para o tabagismo ao invés de controlar o vício”, afirmou.
Para o psiquiatra, o governo deve regulamentar a propaganda e o marketing, porque influenciam a percepção de quem consome cigarro convencional e eletrônico. “O FDA (Food and Drug Administration) ainda não aprovou o e-cigarro como estratégia de redução de danos em tabagismo. Os riscos para a saúde ainda são desconhecidos. É preciso considerar o poder da indústria que está por trás do cigarro eletrônico”, alertou.
O evento prosseguiu com a palestra da professora Dr.a Silvia Cazenave sobre “Marcos Regulatórios para Redução de Danos” e a mesa de debates sobre “A experiência internacional em redução de danos no tabaco”, com o PhD. Kevin McGuirre e Dr. José Queiroz, com a moderação da professora Mônica Gorgulho.
Após o evento, foi escrita e publicada uma carta síntese, com os principais debates e recomendações sobre o tema, que foi debatido entre os especialistas na área. Para acessar a carta acesse o link.
Noite da pizza arrecada fundos para o projeto Barco da Saúde de 2019
Equipe de alunos do projeto Barco da Saúde, da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, realizaram a Noite da Pizza nesta última quinta-feira, 16 de maio, para arrecadar mais fundos para o projeto que levará médicos, dentistas e estudantes de Medicina e Odontologia para prestar atendimento às comunidades do Pará.
A Noite da Pizza aconteceu no rooftop da Faculdade e, apesar do frio e do vento, familiares, professores, diretoria, colaboradores e alunos dos cursos de Medicina e Odontologia da Instituição prestigiaram o evento, que teve música ao vivo e DJ.
Para os coordenadores do Barco da Saúde, os alunos José Anibale Júnior e Jhenifer Nataly Moura França, é importante a participação e envolvimento de todos neste projeto, que já se tornou um dos mais importantes para a Faculdade. “Todo o dinheiro arrecadado com o jantar é utilizado para a aquisição de materiais para os atendimentos médicos e odontológicos, além da compra de medicamentos e brinquedos que são distribuídos às comunidades visitadas”.
O projeto Barco da Saúde 2019 ocorrerá de 28 de julho a 4 de agosto deste ano, levando uma equipe de aproximadamente 38 pessoas para prestar atendimento médico e odontológico para crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Confira algumas imagens do evento: