Pesquisa realizada na São Leopoldo Mandic identifica remédios potencialmente prejudiciais para os idosos
Estudo feito na São Leopoldo Mandic alerta sobre os riscos da polifarmácia e seu impacto na saúde bucal de idosos
O envelhecimento da população é uma realidade na maioria dos países do mundo. No Brasil, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que em 2030 haverá mais brasileiros com mais de 60 anos de idade do que na faixa de 0 a 14 anos. Os avanços da medicina, junto com o uso de medicamentos, são os principais fatores responsáveis para elevar a expectativa de vida da população. No entanto, os remédios devem ser prescritos e usados com cautela e responsabilidade, caso contrário podem até mesmo debilitar a saúde dos idosos.
“As alterações fisiológicas, próprias do envelhecimento, podem fazer com que os medicamentos reajam de forma diferente nos pacientes idosos. Isso aumenta a probabilidade de ocorrerem interações medicamentosas e também torna esse grupo mais suscetível às reações adversas”, explica Carolini Satiko Tanaka, mestranda em Prótese Dentária. No estudo “Identificação dos medicamentos potencialmente inapropriados prescritos para idosos e as implicações na reabilitação oral”, desenvolvido na Faculdade São Leopoldo Mandic, Tanaka identificou esses remédios prescritos para idosos institucionalizados – que vivem em instituições de longa permanência – e verificou nas bulas as possíveis reações adversas que poderiam interferir na reabilitação oral desses pacientes.
Os Medicamentos Potencialmente Inapropriados (PIMs) são aqueles cujos riscos prevalecem sobre os potenciais benefícios. O uso desses remédios é um dos fatores de risco para quedas, hospitalizações e mortalidade em idosos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, até 20% de todas as internações de idosos são provocadas por problemas relacionados ao uso de medicamentos.
A pesquisa identificou que os idosos selecionados utilizavam 127 medicamentos que podem causar algum tipo de efeito colateral que atinge a cavidade bucal. Segundo Tanaka, a xerostomia – sensação de boca seca – foi o efeito mais prevalente na amostragem e pode provocar desconforto oral, sensação de queimação, mudanças na mucosa oral, halitose, diminuição na retenção de próteses removíveis, alteração do paladar, dificuldade na mastigação e deglutição, sede excessiva, candidíase, doença periodontal e cáries.
Os riscos da polifarmácia
Quanto mais medicamentos são prescritos para o idoso, maior é a probabilidade de que ele possa apresentar complicações do que benefícios.
A pesquisadora conta que, na amostra analisada, dos 227 princípios ativos utilizados pelos idosos, 34 são considerados inapropriados. E quase 77% dos pacientes faziam uso de pelo menos um desses medicamentos, sendo que a média de remédios por paciente foi de 8,01. Os anti-hipertensivos foram os mais prescritos.
“Existem danos causados pelas interações medicamentosas que são silenciosos, tardios e, às vezes, irreversíveis. Portanto, é extremamente importante racionalizar o uso de medicamentos para evitar os agravos da polifarmácia”, esclarece Tanaka. Ela alerta para o risco de osteonecrose dos maxilares – morte do tecido ósseo por falta de irrigação sanguínea -, que é considerado um efeito colateral bastante grave e foi encontrado na bula de três remédios listados durante a pesquisa.
A saúde bucal é parte fundamental da qualidade de vida dos idosos. A pesquisadora, que foi orientada pela Prof.a Dr.a Raquel Virgínia Zanetti, em conjunto com o Prof. Dr. Eduardo Hebling (FOP/UNICAMP) e Prof.a Tânia e Silva Pullicano Lacerda (UNICID/SLMANDIC), reforça que “o cirurgião-dentista deve conhecer as alterações que podem ocorrer na cavidade bucal da população idosa, devido ao envelhecimento fisiológico e aos efeitos adversos dos medicamentos de uso sistêmico, para que seja capaz de planejar um tratamento ideal e individualizado, melhorando assim, a qualidade de vida desta população”.
CREMESP entrega Código de Ética a alunos de Medicina da SLMANDIC
Na noite da última segunda-feira, 26 de fevereiro, os novos alunos do Curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic receberam o Código de Ética do Estudante de Medicina lançado pelo CREMESP – Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, em cerimônia que realizada no Anfiteatro do Colégio Dom Barreto, localizado à Rua Floriano Camargo Penteado, 90 – Ponte Preta, Campinas – SP.
A solenidade foi aberta pelos conselheiros do CREMESP, Dra. Silvia Helena Rondina Mateus e Dr. Luiz Antônio da Costa Sardinha, que ministraram palestras sobre o Código de Ética aos alunos, orientando-os sob o ponto de vista da conduta ética de um estudante de Medicina, com normas que deverão ser seguidas durante todo o período de graduação.
São Leopoldo Mandic divulga Programa de Pós-Doutorado
A Faculdade São Leopoldo Mandic abre inscrições de projetos de pesquisa para o Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPES – o PNPD/CAPES, que financia estágios pós-doutorais em Programas de Pós-Graduação stricto sensu acadêmicos, recomendados pela CAPES.
O programa de Pós-Doutorado da São Leopoldo Mandic disponibilizará uma bolsa da cota da CAPES, no valor de R$ 4.100,00, com vigência de 16 de março de 2018 a 28 de fevereiro de 2021. Os projetos deverão ser submetidos no período de 20 de fevereiro a 7 de março e o resultado será divulgado no dia 15 de março de 2018.
Este programa tem por objetivos promover a realização de estudos de alto nível, reforçar os grupos de pesquisas nacionais, renovar os quadros dos programas de Pós-Graduação nas instituições de ensino superior e de pesquisa e promover a inserção de pesquisadores brasileiros e estrangeiros em estágio pós-doutoral, estimulando sua integração com projetos de pesquisas desenvolvidos pelos programas de Pós-Graduação do país.
Para o julgamento das solicitações de bolsas levam-se em consideração os seguintes itens: currículo do candidato (40 pontos), projeto e plano de atividades (40 pontos) e currículo do supervisor (20 pontos).
As informações completas estão disponibilizadas no edital SLM/DIR/PGPE/001/2018.
Aluno de Doutorado da SLMANDIC recebe prêmio no 36º CIOSP
O aluno de Doutorado em Implantodontia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Fernando Fusari Bento de Lima, recebeu um prêmio na última edição do CIOSP – Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, realizado no período de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, no Expo Center Norte, em São Paulo, Capital.
Fernando Lima foi premiado na segunda colocação no Fórum Científico do CIOSP, com o trabalho “Análise microscópica de alvéolos reparados por 3 técnicas de preservação alveolar. Um estudo clínico randomizado”, com orientação do Prof. Dr. Carlos Eduardo Francischone.
O processo alveolar é um tecido dependente dos elementos dentários. Assim, após uma extração de dente, a disponibilidade de osso para a instalação de um implante osseointegrável é diminuída com o passar do tempo. Por isso, o planejamento de implantes deve ser iniciado no ato da exodontia, utilizando-se manobras de preservação do rebordo alveolar e consequente manutenção da estrutura óssea.
O trabalho apresentado pelo Dr. Fernando Lima, analisou microscopicamente a qualidade e a quantidade de osso formado nos alvéolos reparados após a extração de um elemento dentário, quando aplicada uma das três técnicas de preservação do osso alveolar para manter a morfologia do osso remanescente, visando a instalação futura de um implante osseointegrável.
“Neste trabalho”, explica Fernando, “utilizamos três técnicas de preparação microscópica para analisar os diversos componentes do tecido ósseo e pudemos avaliar individualmente as células ósseas, a parte orgânica e a parte mineral de cada amostra e, consequentemente, comparar as três técnicas. Os resultados demonstraram que a regeneração óssea guiada apresentou melhor qualidade e quantidade de osso neoformado, porém as demais técnicas mostraram osso com qualidade e quantidade suficientes para receberem um implante osseointegrável”.
O CIOSP é um dos maiores eventos da área odontológica da América Latina. Reúne profissionais renomados do Brasil e exterior para apresentar temas de grande importância para a odontologia. Além do encontro científico, palestras, workshops e apresentação de trabalhos, há também, uma grande feira comercial com lançamento de produtos.
A São Leopoldo Mandic, Unidade Belo Horizonte, disponibiliza novas clínicas para os alunos
As clínicas odontológicas da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Belo Horizonte, estão reestruturadas e à disposição dos alunos de pós-graduação de várias áreas da Odontologia. A Unidade conta com 36 consultórios, que oferecem conforto e tecnologia aos seus alunos e pacientes.
O Presidente e CEO da S.I.N. Sistema de Implante, Felipe Leonard, e seu Gerente Regional de Vendas, Wellington Guedes, visitaram a Unidade, no dia 9 de fevereiro, para prestigiar as obras e elogiaram muito as novas instalações. A S.I.N. Sistema de Implante – empresa que desenvolve soluções modernas e tecnologia de ponta em Implantodontia – possui uma parceria com a Faculdade, na capital mineira, e apoia o projeto de reestruturação das clínicas.
“A S.I.N. Sistema de Implantes é uma grande parceira e tem papel fundamental nos novos projetos da unidade, colaborando com a modernização das nossas clínicas, e com a possibilidade de oferecermos um sistema de implante avançado, além de uma excelente assistência e atendimento à Instituição e equipe de docentes”, afirma a coordenadora da unidade, Fabíola Pontara Peres de Moura.
Psiquiatra e professor da SLMANDIC comenta pesquisa americana publicada no jornal Correio Braziliense
O médico psiquiatra e professor do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, Celso Garcia Júnior, analisou e comentou uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, no jornal Correio Braziliense desta sexta-feira, 9 de fevereiro.
A pesquisa analisou amostras cerebrais pós-morte de 700 pessoas e descobriram mudanças a nível molecular no autismo, na esquizofrenia, no transtorno bipolar, na depressão e no alcoolismo.
Como especialista da área, Celso Garcia Júnior explicou que “essas descobertas representam mais um passo na direção da elucidação da relação entre os fatores genéticos que predispõem um indivíduo a apresentar um transtorno psiquiátrico e os fatores ambientais que ativam esses elementos genéticos, assim como de que forma eles se expressam no funcionamento das células cerebrais.
Segundo ele, “pesquisas dessa natureza poderão trazer descobertas que auxiliarão não só no diagnóstico mais preciso de doenças como o transtorno do espectro autista, o transtorno do humor bipolar e a esquizofrenia, como também poderão ajudar o médico a definir qual medicamento é mais eficaz para o tratamento do indivíduo, baseando-se no seu código genético, o que possibilitará tratamentos mais efetivos, com menos efeitos colaterais e, em longo prazo, mais baratos”.
Confira a reportagem completa no link abaixo: http://clipping.cservice.com.br/cliente/viewmateria.htm?materiaId=35663215&canalId=167251&clienteId=qh2lTTnhBN4=&avaliar=&uit=
Diretor de Pós-Graduação da Faculdade São Leopoldo Mandic contesta reportagem da Carta Campinas no Jornal da Ciência
O Diretor de Pós-Graduação da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. Marcelo Henrique Napimoga, contesta a reportagem publicada na Carta Campinas, em 30 de janeiro de 2018, sobre o relatório “Research in Brazil”, que aponta que as universidades particulares não produzem conhecimento relevante no Brasil.
Marcelo Napimoga, que é também coordenador do Segmento das Instituições de Ensino Particular junto ao Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop), responde à reportagem no Jornal da Ciência, uma publicação diária da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, que contém assuntos relevantes em educação, ciência e tecnologia (http://www.jornaldaciencia.org.br).
Confira a resposta abaixo e também no link:
“Em reportagem intitulada “Relatório mostra que universidade particular no Brasil não produz conhecimento”, o Jornal Carta Campinas apresenta uma interpretação errônea de um relatório encomendado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal (Capes), distorcendo completamente os fatos e prestando um desserviço à nação. O referido relatório foi solicitado pela Capes para, por meio do uso de dados bibliométricos, avaliar o impacto da pesquisa brasileira no cenário internacional. Aliás, o estudo mostra pontos fortes e oportunidades para a política de pesquisa e para ciência brasileira. Entretanto, a jornalista da Carta Campinas, ao analisar o gráfico 39 do documento original, que apresenta a lista com as 20 primeiras instituições de Ensino mais destacadas em produção científica no Brasil, apresenta uma conclusão irresponsável e desfigura o que os dados mostram, concluindo que se não há nenhuma IES particular entre as 20 primeiras em produção científica, as Instituições de Ensino particulares não produzem conhecimento! Se seguirmos este pensamento linear errôneo, embasado no gráfico utilizado pela reportagem, dos 27 Estados, contando o Distrito Federal, apenas 12 produzem ciência no Brasil. Portanto, o título da reportagem poderia ser “Relatório mostra que 15 estados no Brasil não produzem conhecimento”! Um absurdo completo! Cabe aqui algumas reflexões.
Os programas de Pós-Graduação stricto sensu das IES particulares são historicamente mais jovens no Brasil. Atualmente, as IES particulares são responsáveis por mais de 18% dos programas de pós-graduação stricto sensu no país, contando com 12.600 docentes titulados em seus quadros, os quais estão vinculados aos programas de Pós-Graduação (dados extraídos do GeoCapes, referente ao ano de 2016). Para que um programa de Pós-graduação mantenha sua autorização de funcionamento, é mandatória a produção contínua e de qualidade de artigos científicos e demais produtos, como patentes, por exemplo, ao longo dos anos. A avaliação ao qual os programas de todas as IES particulares ou públicas são avaliados, utilizando as mesmas métricas, e há no Brasil inúmeros os programas de IES particulares com nota considerada de Excelência. Nesta métrica, com números sólidos e comprovados pela rigorosa avaliação da Capes, os programas de Pós-Graduação, após a avaliação quadrienal (2012-2016) estão classificados em estrato 5, 6 e 7 (elevada qualidade e excelência), somam 27,1% em Federais, 39,1% em Estaduais, 9,4% Municipais e 22,7% em Particulares.
Outro fato é que inúmeros são os egressos de programas de pós-graduação do país que são aprovados em concursos públicos e, portanto, tornam-se docentes de instituições públicas. Por estes e outros motivos não mencionados, não é possível que todos os 775 programas de Pós-graduação de IES particulares “não produzam conhecimento”, como alardeia a publicação. Este tipo de “notícia” ajuda a quem? A Educação e a Ciência &Tecnologia certamente, não. Este tipo de pensamento, infelizmente compartilhado por algumas pessoas que não vivenciam o ambiente universitário ou até mesmo do meio acadêmico, prejudica os esforços hercúleos que todos docentes e discentes, de IES públicas e particulares, têm feito para avançar na Educação e Ciência & Tecnologia do Brasil. Todos aqueles que estão a favor do Brasil, incluindo aqueles que escolheram e se dedicam pela Educação em uma IES particular, trabalhamos juntos pela qualidade e pela educação do Brasil e, sem dúvida, pela manutenção das IES públicas, e não desprezando as demais apenas devido ao seu status jurídico. Portanto, as IES particulares produzem ciência com qualidade, formam cidadãos capacitados para o mercado de trabalho. Aqueles que tentam dividir o segmento da educação superior, favorecem apenas aqueles outros que desejam desmontar a educação e a ciência brasileira”.
Como os enxaguantes bucais agem no esmalte dos dentes
Pesquisa realizada na São Leopoldo Mandic investiga a ação de enxaguantes bucais convencionais e clareadores sobre o esmalte dental sadio e cariado
Os enxaguantes bucais são produtos de prateleira encontrados em farmácias e supermercados e, geralmente, são utilizados como complemento à escovação e ao uso do fio dental. Pacientes compram esses produtos de venda livre – que contêm até mesmo substâncias clareadoras, como o peróxido de hidrogênio – sem terem necessariamente o acompanhamento ou a prescrição de um dentista.
Muitas pessoas que utilizam os enxaguantes não sabem se possuem ou não cáries em seus dentes, além de desconhecerem os seus impactos na saúde bucal. Para obter mais dados sobre esse assunto, a aluna de mestrado da Faculdade São Leopoldo Mandic, Ana Mariana Toledo Piza de Lima Barbosa, pesquisou sobre os efeitos dos bochechos com produto clareador sobre o esmalte do dente hígido (sadio), e também sobre o esmalte desmineralizado (com lesões de cárie incipiente), comparando-os ao bochecho convencional sem clareador.
Para realizar a pesquisa, foram utilizados 60 blocos de esmalte dental humano, que foram divididos em quatro grupos. Os grupos 1 e 2 foram formados por esmaltes saudáveis imersos em enxaguantes convencional e clareador. Os grupos 2 e 3, por esmaltes desmineralizados também imersos nessas substâncias.
Resultados favoráveis
Os resultados da pesquisa comprovam que a utilização de enxaguantes bucais – com ou sem produto clareador – ajudam o esmalte com cárie a recuperar a sua dureza, o que pode ser considerado um bom resultado. “Isso aconteceu, provavelmente, porque os dois enxaguantes testados possuem flúor em sua composição”, afirma a orientadora do estudo, a Prof.a Dr.a Fabiana Mantovani Gomes França. Ela explica que “quando ocorre a cárie, que começa no esmalte, há perda de cálcio, um processo chamado desmineralização. Por isso, se o esmalte dental está cariado, sua dureza é menor”. Recuperar a sua microdureza é, portanto, uma forma de protegê-lo do avanço da doença.
O estudo avaliou e comparou as alterações provocadas pelos enxaguantes na microdureza, luminosidade e cor de amostras de esmalte dental saudável e desmineralizado. Segundo a autora da pesquisa, não houve diferença significativa na alteração da microdureza nos grupos de esmalte sadio submetidos à ação de enxaguantes comuns e clareadores. Porém, nos grupos de esmalte desmineralizado, houve aumento da microdureza. Para Barbosa, isso pode ter acontecido porque o esmalte desmineralizado possui uma superfície mais amolecida e porosa, que reage com o flúor dos enxaguantes, o que ajuda a recuperar a sua microdureza. Já o esmalte saudável possui maior nível de mineralização, reagindo menos ao flúor dos enxaguantes.
O fato de o esmalte desmineralizado ser mais poroso e amolecido também pode ter favorecido o aumento da luminosidade, já que permite a melhor absorção do peróxido de hidrogênio contido no enxaguante clareador. Nos grupos de esmalte saudável, o enxaguante com clareador não conseguiu alterar a sua luminosidade.
O mesmo ocorreu com relação às alterações de cor. Apenas os grupos de esmalte com cárie apresentaram mudanças após a imersão no enxaguante clareador.
Flúor
No estudo realizado na Faculdade São Leopoldo Mandic, ficou claro que o flúor é um componente importante dos enxaguantes bucais – com e sem clareador -, mostrando-se eficaz para minimizar o risco de diminuição da microdureza do esmalte saudável, e aumentar a microdureza do esmalte com cárie. “O diferencial desse estudo, é que, até o momento, não existia um trabalho publicado sobre o efeito dos enxaguantes clareadores em esmalte desmineralizado ”, afirma Barbosa.
A aluna ressalta que os produtos de prateleira com peróxido de hidrogênio em baixa concentração devem ser usados com cuidado, até que mais estudos conclusivos sejam realizados. “Esses produtos podem alterar a mineralização e a remineralização [processo contínuo e natural que restabelece a integridade do esmalte do dente]. O problema é que os enxaguantes são produtos disponíveis sem a prescrição de um dentista e acabam sendo utilizados por quem não sabe das condições dos seus dentes, se eles estão com lesões de cáries ou não”, conclui a Barbosa. Ela enfatiza que “é imprescindível que as pessoas façam consultas periódicas com dentistas para avaliar a sua saúde bucal, e que esses profissionais estejam cientes das opções de produtos de prateleira existentes no mercado, para que orientem seus pacientes da melhor maneira possível”.
Estudo revela que remédio para baixar colesterol pode acelerar cicatrização de tecidos ósseos
Acadêmicos da Faculdade São Leopoldo Mandic de Campinas apresentam efeitos sobre o uso da Sinvastatina, que pode ser utilizada no tratamento de condições inflamatórias gengivais que resultam em destruição óssea
Um estudo aponta que a sinvastatina, substância muito utilizada nas duas últimas décadas para a redução dos níveis altos de colesterol sanguíneo, principal fator de risco das doenças do coração, pode acelerar a cicatrização do tecido ósseo. A substância combina a redução da perda óssea com a proteção cardiovascular, em contraste com alguns anti-inflamatórios que têm sido associados com o aumento do risco cardiovascular.
O estudo foi apresentado como tese para a Pós-Graduação da Faculdade São Leopoldo Mandic de Campinas, para obtenção do título de Doutor em Ciências Odontológicas, pelo aluno José Carlos Elias Mouchrek Júnior, sob a orientação da Prof. Dra. Elizabeth Ferreira Martinez, também pesquisadora da Instituição.
“Esse estudo é de extrema importância já que na odontologia, especialmente na periodontia, um dos maiores problemas é a perda óssea associada à periodontite. Sendo assim, uma droga rotineiramente utilizada para tratamento de colesterol pode estar associada à doença periodontal, traz novos rumos na busca pela reabilitação completa da saúde bucal do paciente. Estamos muitos animados com essa nova possibilidade”, afirma Elizabeth Ferreira Martinez, Docente Pesquisadora no Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, vinculado à Pós-Graduação e Graduação dos Cursos de Odontologia e Medicina.
A sinvastatina é uma estatina que pode produzir uma série de efeitos benéficos tanto para região dentária, como na redução da hipercolesterolemia (elevação da taxa de colesterol no sangue), redução da inflamação sistêmica, estabilização de placas ateroscleróticas (doença vascular crônica), inibição da síntese de algumas moléculas solúveis responsáveis em mediar a inflamação e ação no tecido ósseo.
Assim, as estatinas, incluindo a sinvastatina, podem ter significativos efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, efeitos na proliferação e diferenciação de células envolvidas com a formação de tecido ósseo, conhecidas como osteoblástos e na inibição das células responsáveis por sua reabsorção (osteoclastos), que poderiam ser benéficos no tratamento da periodontite.
“Tendo como alvo o ganho ósseo envolvido nos tratamentos da cavidade bucal, este estudo preliminar pode ter uma importância, por exemplo, no tratamento complementar da doença periodontal. Diferentemente dos estudos já apresentados, este objetivou a avaliação da sinvastatina, em um modelo in vivo de doença periodontal, especialmente avaliando alguns mediadores pró e anti-inflamatórios envolvidos na modulação da resposta óssea”, conta José Carlos Elias Mouchrek Júnior, especialista em Periodontia pela Faculdade São Leopoldo Mandic.
O estudo
O estudo foi realizado em uma pesquisa sobre a periodontite, doença inflamatória multifatorial caracterizada pela perda do tecido conjuntivo e perda do osso alveolar. Para este experimento, foram utilizados ratos da linhagem Wistar e a periodontite foi induzida por ligadura ao redor do primeiro molar inferior direito. Em um grupo de ratos, foi administrada sistemicamente a sinvastatina. Após 14 dias de tratamento, os animais foram eutanasiados por aprofundamento de anestesia e o tecido gengival removido e homogeneizado em tampão apropriado. As mandíbulas foram removidas e coradas para avaliação da perda óssea induzida.
Resultados
Além de seus efeitos já conhecidos na redução dos níveis elevados de colesterol, a sinvastatina pode provocar alguns outros efeitos, acelerando a cicatrização do tecido ósseo. A pesquisa verificou a ação da substância na modulação de mediadores inflamatórios envolvidos com a neoformação óssea, demonstrando que houve aumento de um mediador anti-inflamatório e diminuição dos níveis de um mediador inflamatório, salientando, dessa forma, que a sinvastatina pode ser útil no tratamento de condições inflamatórias gengivais nas quais poderá ocorrer reabsorção óssea.
Sobre a doença
A periodontite é uma doença inflamatória dos tecidos de suporte dentário, que leva à destruição óssea e à perda dental. Atualmente se sabe que os danos teciduais subjacentes observados nesta doença resultam de uma resposta imune excessiva a patógenos subgengivais.
Elizabeth Ferreira Martinez é graduada em Odontologia (1999), mestre em Patologia Bucal (2002) e doutora em Ciências, Biologia Celular e Tecidual pela Universidade de São Paulo, USP (2008). Fez pós-doutorado na Faculdade São Leopoldo Mandic, SLMANDIC (2011). Atualmente é Docente Pesquisadora no Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, vinculado à Pós-Graduação e Graduação dos Cursos de Odontologia e Medicina. Tem experiência na área de pesquisa em Biologia Oral com ênfase em processos celulares e moleculares, associados ao estudo de fármacos e biomateriais, especialmente aplicados à implantodontia e biologia óssea, além de conhecimento no estudo in vitro da tumorigênse de glândulas salivares. Possui 70 artigos científicos publicados em revistas de seletiva qualidade editorial.
SLMANDIC realiza Aula Inaugural para cerca de mil pessoas com palestra do jornalista Demétrio Magnoli
A Faculdade São Leopoldo Mandic realizou a sua tradicional Aula Inaugural para os novos alunos dos cursos de Medicina e de Odontologia, neste domingo, dia 4 de fevereiro, no Expo D. Pedro. Foram cerca de mil pessoas ao evento, que teve como convidado especial, o jornalista político, Demétrio Magnoli.
Alunos e seus familiares foram recebidos pelo Diretor Geral da SLMANDIC, Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira, pelos Coordenadores dos cursos de Graduação em Medicina e em Odontologia, Prof. Dr. Guilherme de Menezes Succi e Prof.ª Dr.ª Fabiana Mantovani Gomes, respectivamente, pela Coordenadora Pedagógica, Prof.ª Angela Corrêa da Silva, pelo Diretor de Graduação, Prof. Dr. Rui Brito, e pela Diretora Acadêmica da Instituição, Dr.ª Ana Maria de Mattos Rettl.
O público presente conheceu um pouco mais sobre a filosofia da Instituição, suas regras e seus diferenciais; sobre o NAPED – Núcleo de Apoio Pedagógico e Experiência Docente -, que oferece o serviço de apoio aos alunos para ajudá-los no processo estudantil; os convênios e parcerias com hospitais e Unidades Básicas de Saúde, e o compromisso da SLMANDIC em formar o melhor profissional da área de saúde do país.
Alunos e familiares também tiveram a oportunidade de assistir parte de um documentário realizado pelo fotógrafo Giancarlo Giannelli, sobre o projeto Barco da Saúde, que levou assistência médica e odontológica para moradores das regiões ribeirinhas da Amazônia, em junho de 2017. Na ocasião, professores, médicos, dentistas e alunos realizaram mais de mil atendimentos em sete dias de permanência nas localidades assistidas.
Dessa experiência, Giancarlo Giannelli produziu um material que mescla belíssimas imagens com depoimentos de representantes das comunidades, dos alunos e dos professores e profissionais que fizeram parte deste lindo projeto.
Após o almoço de confraternização, o evento foi encerrado com a palestra do jornalista Demétrio Magnoli, que falou sobre “Ética e Política”.